Eu me lembro de um dos meus livros favoritos na adolescência em que o protagonista precisa decidir se mata ou não um candidato a presidente, sabendo que aquele sujeito, se eleito, levará o mundo a uma guerra nuclear. O dilema é interessante, mas só muito tempo depois percebi que vai muito além da ficção, e tenho certeza mesmo que se inspirou no assassinato de Kennedy.
Kennedy, idolatrado pela mídia como um ídolo repleto de mulheres, era um maníaco.Em 1962, durante a crise dos mísseis soviéticos em Cuba, Kennedy perguntou a seus assessores o que aconteceria se a crise progredisse para um conflito nuclear com os russos. Os ministros militares, aflitos, explicaram as consequências e a devastação decorrentes de tal guerra. Kennedy, impassível, apenas perguntou quem ganharia, e diante da resposta de que o mundo sairia arrasado, mas seu país ganharia a guerra, ainda que também devastado, ele foi implacável e mandou que atacassem. Coube ao seu ministro da defesa, McNamara, dissuadi-lo da guerra e convencer o presidente a uma saída negociada, que por fim ocorreu. Ali o mundo esteve por um fio.
Mas a beligerância de Kennedy não era somente contra os russos. Segundo o jornalista Flávio Tavares, nosso presidente brasileiro estava na Itália quando foi chamado por Kennedy para uma conversa particular, onde Kennedy mostrou uma mapa mundial com alvos no mundo inteiro para um ataque nuclear imediato, se necessário, num grosseiro exercício de intimidação contra outro Estado, contra nós, mais exatamente.
Mais dia, menos dia, e Kennedy, obcecado como era pela idéia, iniciaria uma guerra nuclear. Foi Lee Oswald quem salvou o mundo naquele 22 de novembro de 1963, ao explodir os miolos de Kennedy num desfile em carro aberto. Devemos a Lee Oswald o mundo como é hoje, sem imensas áreas devastadas e isoladas pela radiação, inverno nuclear etc. Dois dias depois, Lee Oswald foi também assassinado, por um empresário, que morreu alguns anos depois de câncer, um carrossel de mortes que inspirou as mais variadas teorias conspiratórias.
O pior de tudo foi que, apesar de Oswald, a besta da guerra logo trocou uma cabeça por outra. Foi o sucessor de Kennedy, Lyndon Johnson, quem iniciou a guerra do Vietnã e patrocinou o golpe militar que derrubou o governo brasileiro eleito para instaurar duas décadas de ditadura. Ditadura que ainda hoje tenta voltar, agora inspirada em golpes judiciais, como o que derrubou Zelaya, em Honduras. Há coisas que nunca mudam...
16/06/2010
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